sábado, 24 de outubro de 2015

Tempo em Tempo

Aí que tempo lunático, que saudades daquele tempo, onde tinha tempo para tudo, que vinha o outono, chegando à primavera, em seu tempo certo nada era vão.
Nostalgia do tempo, que fazia acontecer, vinha o inverno, vinha verão, esse tinha tempo pra todas as estações, sem mesmo tornar-se uma lamentável confusão.
Ó que falta que faz aquele tempo, vivenciado, sendo marcado pela alvorada, demarcando o dia, as manhãs que na portaria da vida pedem licença para adentrar.
Tempo que já não volta mais a nos saciar, onde tinha tempo para tudo, tudo no tempo certo, nada era confuso, a perfeição estava ali, tudo na justa medida.
Se o plantio não desse, era apenas por não ser tempo de ceifar.
No tempo de colheita, espero colher os frutos que plantei, nesse tempo o qual o Divino me concebeu, a viver na esplanada, de uma jornada em que o viver deve ser um bem viver.
Sem a necessidade de um alvará, para poder pisar nessa terra que baila em baixo do céu, eterno luar, que envolvido ao bailar das águas sobre a terra, sendo assim o espelhar de uma plenitude, de um viver, manipulado pelo tempo.
Abel de Andrade

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