quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O mundo



Mundo das borboletas,
Perdidas no voar,
Em meio às violetas,
Confundidas com tulipas,
Em meio às incertezas;


Voando, de flor em flor,
Busca conhecer o doce alimento,
Que a natureza concede,
A cada dia, a cada amanhecer;


Sentindo no peito,
O frio de voar tão alto,
Em busca de novos horizontes,
Novos campos de perfumes;
 

Aperfeiçoando, perfumando,
Minha arte de voar,
Indo em qualquer lugar,
Em busca da direção.
 
Abel Andrade

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Sol


Vai e vem, no bailar da vida,
um tecido que ao ver seu desejo sendo consumido,

pelo bravio rancor da sol, que vive no silencio a falta de amor;
 
 
algo que vai e vem, não sei, se é tecido, ou trilho não sei,
qual o sentido desse trem que vive a bailar,
correndo de lá e de cá, a disposição de alguém para admirá-lo;
 
sem saber, sua identidade confusa, na mente não vem,
a ideia de ser um trilho de mesa, não sei, sou apenas um tecido listrado,
com sua função limitada e reta serventia, camuflada;
 
 
 pelo desejo da sol que me ver como enfeite no sofá, 
a casa paroquial é meu lugar, onde vivo está, o meu desejo de brilhar, 
 como centro de mesa poder ficar;
 
mas  meu arredio distante está, longe de uma imaginação,
 que o servir é meu patrão, está a disposição é minha sina, 
 viver parado lá, onde devo morar.
Abel de Andrade

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Nostalgia de um Baiano



Ao bailá do vento, o bailarino dança,
as folhas balançam, a pindoba gira,
deixando percorrer longas distâncias o bailado;
o imbuzeiro verga, deixando cair suas últimas folhas,
que dão inicio, ao inverno, lá no fim do sertão;


onde as aroeiras, dançam,
a umburana deixa esvair o seu perfume
nas belas manhãs de primavera,
deixando cair suas pétalas amarelas;


o mandacaru abre as primeiras flores,
anunciando , as chuvas de verão que vem chegando,
o gado aglomerados vão ficando,
a espera da trovoada, olhando pela janela,
cada raio que brilha formando crateras no céu;


Com um grito, o pastor junta o rebanho,
no som da canção que escorre pelo telhado,
lá vai a muié, com sua coité, pegar água na laje para fazer o café;


Saudades tenho de lá, de onde falamos assim,
vivemos a fio o amor bravio, sem medo de ser julgado,
porque comemos de cuié e tomamos água de coité.

Abel de Andrade

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Além, muito além uma amizade

De nome Francesco,
amigo eterno, no peito amizade certa,
deixo voar, muito além sentimentos fraterno,
da janela observo, bromélias verdes e amarelas,
no alto das árvores  parecem tão singelas;

Imaginação, fonte de ilusão,
verdadeira amizade no mais profundo do coração,
no manusear do teclado, no bailado das palavras,
sentido encontro, palavras de pai,
conforto de um irmão;

No trilhar da vereda, Panzera encontro,
no correr das águas, pelo reflexo enxergo,
palavras bonitas de alguém que me quer bem;

Das lembranças, saudades, das conversas amizade,
coisas do destino, coisa do divino,
uma amizade um peregrino,

No peito ancorado, tatuado pelo amor,
presente divino ao jovem menino,
que como pai lhe aceitou.
Abel Andrade