terça-feira, 21 de outubro de 2014

Acompanhando o Tempo

Ao movimentar das folhas,
ao cair das flores,
sinto-me no delirar da arte,
sinto-me no doce alvo de purificação;
Da alma calma lama,
derretendo, subindo a ladeira,
numa espiritualidade eterna,
procurando, sentido no movimentar do ser;
No embolar do barro molhado,
sendo moldado, como em vidas criadas,
tomando formas na longa jornada;
Seguindo um caminhar, na eterna estrada,
de vidas criadas, do criador criaturas,
de uma vida criada.
Abel Andrade


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O mundo



Mundo das borboletas,
Perdidas no voar,
Em meio às violetas,
Confundidas com tulipas,
Em meio às incertezas;


Voando, de flor em flor,
Busca conhecer o doce alimento,
Que a natureza concede,
A cada dia, a cada amanhecer;


Sentindo no peito,
O frio de voar tão alto,
Em busca de novos horizontes,
Novos campos de perfumes;
 

Aperfeiçoando, perfumando,
Minha arte de voar,
Indo em qualquer lugar,
Em busca da direção.
 
Abel Andrade

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Sol


Vai e vem, no bailar da vida,
um tecido que ao ver seu desejo sendo consumido,

pelo bravio rancor da sol, que vive no silencio a falta de amor;
 
 
algo que vai e vem, não sei, se é tecido, ou trilho não sei,
qual o sentido desse trem que vive a bailar,
correndo de lá e de cá, a disposição de alguém para admirá-lo;
 
sem saber, sua identidade confusa, na mente não vem,
a ideia de ser um trilho de mesa, não sei, sou apenas um tecido listrado,
com sua função limitada e reta serventia, camuflada;
 
 
 pelo desejo da sol que me ver como enfeite no sofá, 
a casa paroquial é meu lugar, onde vivo está, o meu desejo de brilhar, 
 como centro de mesa poder ficar;
 
mas  meu arredio distante está, longe de uma imaginação,
 que o servir é meu patrão, está a disposição é minha sina, 
 viver parado lá, onde devo morar.
Abel de Andrade

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Nostalgia de um Baiano



Ao bailá do vento, o bailarino dança,
as folhas balançam, a pindoba gira,
deixando percorrer longas distâncias o bailado;
o imbuzeiro verga, deixando cair suas últimas folhas,
que dão inicio, ao inverno, lá no fim do sertão;


onde as aroeiras, dançam,
a umburana deixa esvair o seu perfume
nas belas manhãs de primavera,
deixando cair suas pétalas amarelas;


o mandacaru abre as primeiras flores,
anunciando , as chuvas de verão que vem chegando,
o gado aglomerados vão ficando,
a espera da trovoada, olhando pela janela,
cada raio que brilha formando crateras no céu;


Com um grito, o pastor junta o rebanho,
no som da canção que escorre pelo telhado,
lá vai a muié, com sua coité, pegar água na laje para fazer o café;


Saudades tenho de lá, de onde falamos assim,
vivemos a fio o amor bravio, sem medo de ser julgado,
porque comemos de cuié e tomamos água de coité.

Abel de Andrade

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Além, muito além uma amizade

De nome Francesco,
amigo eterno, no peito amizade certa,
deixo voar, muito além sentimentos fraterno,
da janela observo, bromélias verdes e amarelas,
no alto das árvores  parecem tão singelas;

Imaginação, fonte de ilusão,
verdadeira amizade no mais profundo do coração,
no manusear do teclado, no bailado das palavras,
sentido encontro, palavras de pai,
conforto de um irmão;

No trilhar da vereda, Panzera encontro,
no correr das águas, pelo reflexo enxergo,
palavras bonitas de alguém que me quer bem;

Das lembranças, saudades, das conversas amizade,
coisas do destino, coisa do divino,
uma amizade um peregrino,

No peito ancorado, tatuado pelo amor,
presente divino ao jovem menino,
que como pai lhe aceitou.
Abel Andrade

sábado, 16 de agosto de 2014

O Mundo da " patriotice"

Vidas atribuladas, vidas, vidas arruinadas,
muitas separadas, largadas nas calçadas,
na busca de retratação, compreensão,
nas ruas, vilas e praças, perdidas;

Pobres meninas, sozinhas, sofrendo, viver, ilusão
no gritar do coração, sem poder escolher,
a não ser um buscar constante, sobrevivência,
camuflado, nas crateras do coração, lagrimas, desagregação;

Lagrimas derramadas, encalistradas, amarrotadas,
escorrem, umedecendo as duras ruinas,
deixadas pelo sofrimento, maus-tratos, de umas civilização,
consequência, de um amor que já não existe,
a perca da doce flor do amanhecer, que deixou de viver;

Sendo paralelepípedos, tapetes, na triste realidade,
civilização, aberração, faces magoadas, amarguradas,
num sistema marginalizados, de drogas amarrotadas,
olhar sofrido, corpos feridos, na busca de amor, "patriotice".


Uma Amizade Decaida

Tardes ensolaradas, tardes geladas,
coração palpitante, amargurado,
amizades confusas, corações pedindo sossego,
a espera de dialogo, amizade dialogada;

Na mente a certeza, no intimo a dúvida,
o que fazer, esta confuso, uma saída busco,
coração chorando, amizades definhando,
entre dedos escorrem, amizades partida, pelo poder corrompida;

No desejo de ver restaurada um dia,
singela agonia, amizade sofrida,
compreensão, sofrimento, correria,
por uma amizade tardia;


Por alguém que sem perceber, deixou acabar,
algo sólido e seguro, como dizíamos,
amizade eterna, amigos guerreiros,
prontos a vencer qualquer devaneio.


domingo, 27 de julho de 2014

Esperança

Quando acordei, achei que era apenas um sonho,
no peito, um aperto, uma desolação,
pela manhã a alegria de viver por você,
consolo encontro em ti, longe do mundo.

Numa vida que brota das folhas secas do coração,
com a esperança, de um dia encontrar-te,
a flor perfeita, e fértil, que nasce da alma,
levando a belúria de um viver, uma paixão.

Vida que ensina, vida que ilumina,
vida é ter você para ensinar, para crescer,
observando o brilho das estrelas, tiro uma lição,
sou vagalume, sou lâmpada, que brilha no horizonte.

Sendo amigo, sendo sabedoria,
durante noites, durante dias, devagar aparecem,
sem presa, sem agonia, em forma de magia,
surge no fundo, no intimo um ser, uma amizade, alegria.
Abel Andrade

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Juridiquês

Porto Alegre o espaço
Na vida o encanto, pessoas brilhantes,
De nome são tantas, para o almoço, encontro,
Na mesa escolha feita, pedido aceito,
Procura perfeita, almoço na certa;

Amigos certeza, jurídico o papo,
De juricidade não sei, compreender não irei,
Apenas acompanhei, e esse é o papo,
Juridiquês eu sei;

Sem querer aprendi isso é estranho pra mim,
No peito acredito, de nada adianta, sei que sou,
Estanja sentir, simples assim, juridiquês linguagem própria,
Caráter jurídico não faz parte de mim, de lei não entendo, é devaneio eu sei.
 Abel Andrade

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Coração em Lágrimas

Brasil, triste situação, escrever eu vou,
copa perdida, patriota sou, 
não à melhor País, nasci aqui, aqui quero morrer,
corre, corre costelação, "bola na rede" alegria Alemã,
copa na mão, perdida seleção,
aperto no coração, decepção, palpita, palpitação,
amarga cina, Brasil penta-campeão;

No peito o desejo, respeito pela nação,
gosto por futebol não tenho, definha coração,
em lágrimas declina, estito patriota, lágrimas desolação,
esperança, desilusão, pela tv, calor no mineirão, amarela a cor da nação;

Com palavras não saberia dizer, 
dolorida situação, boca amarga nauseas , preocupação
correndo pra lá, correndo pra cá 
o prefeito bailado, pura demonstração da Seleção

Das asas da gaivota, Ao voar do gavião
Brasil numa triste depressão, a esplanada
copa, estadio em ação
coração em lagrimas, depressão 
Brasil minha nação!   

Abel Andrade 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Perseverança

Compositor não sou, poeta muito menos,
nas entrelinhas da vida, demonstro querida, a janela da vida,
com sentido, e emoção;

Poeta não sou nem serei,
levarei a vida assim, sonhando, voando por aí,
tomando no rosto, a brisa suave,
de uma amizade sem fim, como as flores do jardim;

sentindo no peito, o deleito de ter vivido assim,
sonho em um dia poder falar,
vergonha não tenho, sofri mas venci,
os obstáculos tentaram me reprimir;

na vida vencedor sair, amigo sei que sou,
amigo sei que tenho,
na dúvida pergunto: quem sou?
sou aquele que o Senhor chamou;

Na vida vencedor, na vida sou doutor,
aprecio a natureza, aprecio com esplendor,
vergonha sinto, de dizer quem sou,
sou pequeno, mas pequeno não sou,
pois o Senhor me chamou, e lá vou eu no seu amor.
Abel Andrade





Despedida

Na beleza da vida
dirijo-me a estação do tempo
em busca do trem, que parte do relento,
do vento do norte, do sul do leste do oriente, guiando sem alento,
de onde não sei simplesmente vento;

Varediando dia e noite, 
vagante sem parada, acreditando, buscando, simplesmente,
procuro entender, angustiante, mas simplesmente confiante em você,
na enxurrada da canção, na errata da nação que embala o coração;

Na busca abstrata do amor compreensão,
acalento do sofrer, cina do viver,
buscando um farol, um referencial, guiado por mim, por ti, em "Sarandi",
bairro de um sorriso mais lindo que já vi;

Daqui, vou ter de sair, mas um dia voltarei "Sarandi",
abraçarei e guardarei, amigos que ali deixei,
são poucos, verdadeiros eu sei, comigo levarei, a saudade perdurará ate o dia em que eu voltar, adeus "Sarandi" voltarei ao meu lar e até o dia que de lá voltar.
Abel Andrade



domingo, 6 de julho de 2014

Socializando

Era tarde, era bela, da janela os telhados telhados mostravam-se tagarelas,
do lado de dentro, no aconchego do escritório, embalados pela canção,
tomando a essência do chimarrão, o alento acalentando o coração,

Na amizade chimarreando com amigo, um irmão,
levando adiante alegria, satisfação,
ao chimarrear, em comunhão entraremos com o nosso paceiro de roda, dando sentido a canção,

Na roda, chimarreando, proporcionado um clima de união,
resultando na partilha e gratidão,
embalados pela canção, transmitido a expressão, plena demostração do amor de deus a criação,

Com tanto amor transmite essa gratidão,
uma amizade, compreensão, levando na canção,
sinal de amor, salvação.
Abel Andrade

Concentração

No embalar da canção, no barulho do teclado,
o secretário dá vasão, a seu trabalho com emoção,
tornado-se, fazendo-se do dia uma plena melodia;

Na vida, agonias não à, apenas trabalho, superação,
administradas com gratidão,
uma vida imperfeita, com alegria no coração;

Dia após dia, fazendo dela uma contemplação,
sendo sinal de Deus, reflexão,
na vida, na imensidão, levando alegria acada irmão; 

Lá vive seu doutor trabalhando com ardor,
atende no secretariado, é um bom administrador, 
administra tua vida, sonha em um dia sua família guardar.
Abel Andrade

Cooperação

Aprecio ao longe, muito a frente, muito além,
não sei o que, não sei, vejo apenas imagens,
são folhas, são coisas, não sei, apenas ilusões,
acredito, meramente plantações, pessoas na colheita,
um trigal, apenas panos no varal;

Sei lá, sou alguém, busco referencias, um referencial,
não quero ser aquele, apenas trabalho,
no cafezal um escravo, no canavial boia-fria,
na vida em busca de alegria;
Sou Homem sou Mulher não importa,
demostrações, dizer a coisa certa,
nessa luta desperto-me à uma vida incerta,
sem saber, sem vê;

Cada cacho, cada trigo, no deserto adentro-me,
perdido ao longe, com fome, sede, frio
correndo dia e noite enfrentado desafios,
trazendo no peito um coração sofrido;

Tudo que sei, tudo que vejo, de nada tiro a certeza,
viver é incerto, morrer é o certo.
Abel Andrade


segunda-feira, 30 de junho de 2014

O Raiá do Dia

 Logo pela manhã a natureza mostra sua face,
onde ouço o piá dos pássaros, o grasnar do pato, o cantar da rolinha,
que nos diz com alegria, venha todos, louvar e agradecer,
pelo novo dia que acabou de nascer;

No entrelaçar das árvores, a estrela da manhã,
dar-se vida, a uma noite escura que termina,
dando vasão a uma imensidão;

Que sem temor, a multidão acolhe com amor,
cada ser que passa, cada ser que brota, não importa,
a natureza não impõe, encontra formas para poder crescer;

Das árvores transforma,  em hospedeiras qualificadas,
onde, serve de base, para orquidais
e outras plantas que no alto de seu tronco vivem, levando a vida e embelezando,
com amor e gratidão a natureza que os rega com emoção.
Abel Andrade

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Os Pássaros

No meio do nada, onde tudo se converge, há uma floresta,
dela tiramos tudo o que é necessário,
mas nada parece ser agradável, nada parece ter valor,
no entrelaçar, das folhas, vivem pássaros que voam , 
de um lado a outro em busca de realizações;

Sem medo de cantar, grasnar, voam agradecendo o criador,
por ter tudo, que é preciso, para viverem o amor,
Sem perceberem, o mistério, o enigma de viver,
onde todos vivem, compartilham, um espaço desconhecido;

Seguindo a luz que os atraem, que irradia,
levando a cada ser, vindos de longe, vindos do sul e do norte,
de todos os lados, de matas, florestas e descampados, 
sem mesmo saberem onde vão, apenas confiando na luz do amor;

O destino, não sei, ao centro da floresta chegarão,
em busca de algo, além da ilusão, encontram-se acorrentados por um sistema,
onde cantar, grasnar, voar, não tem sentido, onde um não suporta mais o cantar do outro,
aquilo que era um momento de louvou, agora um grito de socorro;

A beleza do seu cantar, não irradia, não transmite alegria, de poder voar,
onde o que prevalece, é a desolação, a dor no coração, 
são apenas pássaros presos na desilusão,
entristecidos, pela falta de amor da nação.
Abel de Andrade








quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Trilha da Vida

A vida é um trilhar, um caminhar, em busca de um ideal, 
quanto mais adentramos mais percebemos, que ali nada conhecemos,
andamos sem direção, de repente a um descampado chegamos, 
que apenas podíamos ouvir, um barulho suave,
o barulho do vento, barulho das aves;

No deleito da esplendida natureza nos colocamos a escutar,
percebendo-nos, que sozinhos não estávamos lá,
e que nos ladeava toda a natureza, vindo ao nosso encontro com todo esplendor,
cada arvore, cada pedra, cada flor, são sinais, representações do pleno amor;

Sem perder o foco, nos colocamos a andar, adiante, no silenciar da natureza, 
um barulho nos faz parar e observar, admirados estávamos, com tanta beleza,
que bela é a natureza, bem ao nosso lado uma cachoeira belíssima,
que sobre as pedras vão caindo suas águas;

Ao caí das águas, se transmitia uma linda melodia,
mais admirados ficamos ao ver, que não era apenas o caí das águas,
mas essas águas eram sustento, para cada ser vivo, que ali habitavam,
no delibriar da vida nos colocamos a agradecer, a Deus pelo pleno amor que ele nos dá.
Abel de Andrade

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Aqui estou...

Num momento de oração ponho-me a observar,
algo ao longe, vejo mas não posso tocar,
não sei o que é mas tento aproximar,
como andarilho, tento chegar, ao teu destino,
nesse caminhar encontro tormentos, desolação;

Chego ao ponto que meus olhos verem uma luz,
que belíssima, uma luz irradiante, 
guiado por essa luz vejo alguém, 
que chama-me a te seguir, dizendo " fica comigo";

De principio me recuso a segui-lo, 
mas logo dou  meu sim,
comedo estava, mas aquela luz era tão clara,
que me levava a uma confiança esplendorosa;,

De repente percebo, aquele é Jesus, 
que chama a viver uma vida nova, 
vida essa que não saberei dizer como é,
apenas pedir, dai-me Senhor, forças para ir a ti, e dizer-ti, sim aqui estou.
Abel de Andrade
  

terça-feira, 3 de junho de 2014

A Resposta

O ato de pedir algo,
Exige a arte de resposta imediata,
mas se não tem,
sei que no peito a magoa perfura como a broca no além;

Magoado fico, mas dúvidas não tenho, 
a dor levo comigo, sem mesmo poder me expressar, apenas sofro;

Calado estou, calado fico, não tenho vontade de falar,
silenciar, silêncio faço no interior do coração,
grita de ódio, grita de alegria pedindo socorro em meio a tantas tribulações,
que corroem sem nenhuma compaixão;

Vivendo num estado, no contrato do relacionar-se, 
tendo em garantia o direito, uma liberdade,
de poder adquiri-lo, o alvará para poder-lo viver.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Um Dia

Já fui criança, um dia sonhador, 
hoje sou um jovem sofredor que sempre sonhou com a vida,
em um dia ser vencedor;

Vencendo na vida como um bom doutor, 
mas a vida não dar saída para que sejamos grande sonhador,

Observo o verdadeiro sonho,
vejo apenas as pétalas das flores que vivem a suspirar de amor,
amor a um passado que vive perdido, nas ruínas de uma vida prostituída. 
Abel de Andrade

domingo, 1 de junho de 2014

Juntando as Ideias

Somos membros, somos sociedade,
buscamos, lutamos por um sentido, 
conceituar, o porque sermos comunitários,  
não sei, mas acredito, está comprometidos , consigo e com o outro;

De forma sucinta dizer, que realizamo-nos assim,
vivendo compartilhando, o que de melhor á em nós, 
fazendo da vida uma profunda ação, 
entrega singela ao pleno amor, tornado-nos em doação,
buscando viver a nossa vida e a do outro;

Tornamo-nos partilha, vivendo um para com o outro,
vida que não nos pertence, mas sim um fraterno relacionar,
que nos une em uma maluca sociedade, prostituída, por tantas ideias obscuras,
que pede socorro e alguém que possa liderar, com exatidão e compaixão, 
fazendo com o que não nos tornemos vasos sanitários de bocas aberta prontos a receber as fezes de um mundo perdido na Galácia da ilusão;

Onde nos deixam cegos, sem capacidade para escolher,
se é que temos, não sabemos, perdemos até o caráter contratual de uma generosidade, que parece nos fazer mal, aponto de não existir mais. 

sábado, 31 de maio de 2014

Por que...

Por quer falar o que, se na verdade não sei o que quero e onde vou,
se vou ser Príncipe ou Rei, não sei;

Rei nas ruínas da escuridão, como a brisa do mar que cai numa tarde de verão,
 trazendo uma dor de amargar,
amarga como fel, sem saber o que fazer, até mesmos se serei um amigo fiel;

Como uma pedra preciosa que brilha no jardim,
trazendo alegria e mais amor aos amantes que vivem em baixo do pé de jasmim.
Abel de Andrade

Conversando Comigo

São de todas as cores, de todas as formas, são todas irregulares, mas buscam sempre a mesma coisa,
buscam não sei o que, mas quero crer, que busquem a alegria do viver.
se pergunto quem são, me respondem, somos belas, não saberemos até quando, pois hoje somos amarelas, rosas, brancas e douradas, amanha poderemos está todas queimadas e sem função, apenas seres esturricados pela falta de consideração e amor;

Não somos apenas grandes, somos pequenas, de todas as formas, tem aquelas que desabrocham flores exalando teu perfume, mas também aquelas que apenas a beleza de tuas folhas dá sentido aos pobres corações sofredores;

Somos plantas, árvores, relvas selvagens, mas queremos apenas viver essa aurora de louvor.
viver não é dádiva e sim compromisso com o Criador.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Co-Irmandade

Somos americanos, somos africanos,
de todas as tribos e povos,
brasileiros, quenianos, somos da Uganda, 
somos negros, morenos, mulatos, somos brancos e pardos;

Somos mistos, de cores e raças distintas,
oriundos do Quênia, Brasil, somos ugandense,
vivemos a mesma missão, somos todos irmãos;

Somos Família, de todas as culturas,
Mineiro, baiano, paulista, somos brasileiros,
de sangue, somos vermelhos,
fortalecidos pela Fé, tornamo-nos diferentes,
vivendo em virtude de uma mesma missão;

Somos assinalados no peito,
mulatos de nascimento, 
trazemos o conceito de ser perfeito,
carregando conosco, a luz do amor,
que Deus nos marcou;

Somos assim, vivemos afim,
viemos de longe, vamos aqui, acolá,
não importa a quem iremos pregar;

De nome missionários da Consolata,
levando a consolação a todas as nações,
Anunciando a todos a glória do Ressuscitado, tocha abrasadora, 
estrela da manhã que leva a luz ao pobre sonhador.
Abel de Andrade

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Oração ao Mistério

Aqui estou, olho ao horizonte, cada vez mais longe,
mas não sinto-me presente em ti, não encontro-me,
estou perdido, fadigado, esperando os anseios do coração que buscam uma satisfação;

Busco em ti saciar-me, mas esta distante, sem dúvida, lhe peço a graça,
de ser seu, pertencer-te, viver em ti,
levando além-coração esse amor que vem de ti, e me tira do mundo da solidão;

Espero em ti sair, desse musgo, que aprisiona, sufoca, 
arranca-me dessa escuridão sem sentido, 
tira-me para luz, que irradia ao coração, limpando a alma da triste tenção;

Olho mais longe, não sei, se além das nuvens encontrarei,
se o Senhor vai esta à me esperar, sem nenhuma resposta não posso ficar,
não perco a esperança, em algum lugar, quero encontrar, aquele que é, e dá foças pra lutar.
Abel de Andrade

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Allamano

No coração sentia o desejo ardente da missão, não sabia o quanto podia ser importante, na evangelização, transformando a vida  de muitas pessoas;

Sem mesmo sair para longe, fundou uma família missionaria, na qual não queria para si, mas sim deixando seguir, levando o amor e tornado conhecido por todas as partes do mundo, aquele que é, aquele que jorra do coração a vida nova;

Hoje estamos em todas as partes, da Europa à África, chegando à América, Asia, com o legado de levar a todos a alegria da salvação;

No coração sentia o amor que ardia, palpitava pela missão, mas a saúde frágil, não permitia e nem deixava fazer muitas coisas, mas no coração o Senhor lhe fazia arder de amor pela missão;

Não   desanimava, pois sabia que ali havia alguém, que lhe amava, dando forças para levar adiante, algo tao importante, levando em frente o projeto de Deus na qual lhe foi confiado, pelo Batismo assumido, no Crisma confirmado, pela Eucaristia alimentado, pela Ordem convocado, a levar a palavra e os sacramentos a todos, que pelo amor Divino, tornam-se herdeiros celeste.

Não deixando de lado, seus costumes e crenças, a responsabilidade contemplada,juntou-se a pouca saúde que tinha. Juntado-se a ele, companheiros, que do mesmo desejos compartilhavam, passaram a ser uma família, mesmo diferentes um dos outros, onde um é pai e todos são irmãos, carregando nos braços uma graça, a graça de levar o amor no coração. E partir além-fronteiras, sendo luz nos caminhos da missão.
Abel de Andrade  

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Desconcerto

Era  noite, era escuro fico aqui sem saber o porque. Nada acredito, nada vejo, nada sei, apenas desolação.Se vejo algo é artificial é simplesmente lampadas, vidas da casa ao lado, logo passa a ser escuro.

Era noite, era dia, resta apenas a agonia, não era nada de especial, exceto o barulho do avião vindo de longe e indo ao longe, levando a dor do amor, para onde não sei.

Sou a estrela perdida no nada, sem compreender, prá que viver, se vivo sofro, se não sofro faço alguém sofrer.

Sou como uma bola correndo no gramado, sem nenhuma expectativa de vida, vou onde açoitarem-me, sem mesmo saber, o que fazer, sou alegria de alguns, o temor de muitos, que vivem por ai, nem mesmo sei a razão de tantas pertubações.

Na surpresa decepções, com tantas desilusões, que os conduz a plena escuridão amor e dor se confundem no coração.
Abel de Andrade

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Abstração


Se a vida religiosa fosse  apenas escrever poesia, seria feliz todos os dias, e poderia dizer, não  arrependo -me do dia em que vim pra cá com entusiasmo e alegria. Não saberia dizer, se hoje, ao sentir chamado se diria, "aqui estou"  e iria com amor.

Mas posso afirmar não me arrependo, pois aqui estou, só não sei se com o mesmo ardor, uma coisa afirmo, se a missão não acontecer não é culpa do senhor.

A culpa não pode ser de nenhum outro, a não ser minha, que não vivi com amor.  Lutar por algo é nossa vocação, se escolhi viver assim não posso passar a responsabilidade ao irmão que nem sabe o que quer dizer sofrer.

Pode até já ter passado por isso, mas não sabem como resolver a situação, se um dia ela bater a porta do coração como uma canção.  Acredito que à sempre a desilusão, mas nada que uma boa oração para levar a paz ao teu coração.

A vida pode até ser desorganizada, mas o que não podemos é deixar que ela caia nas proximidades de um grande ventilador, deixando que tudo vá pelos ares e se torne uma plena dor.
Devemos buscar, juntar, organizar e deixar no arquivo do coração, onde encontramos a plena harmonia, para que possamos viver com a profunda sabedoria.
 Abel de Andrade
 



O Farol


Na margem de um rio encontro-me, como uma pedra plantada, que lá passa todos os seus dias. Ao longe avisto um farol que toca-me com sua luz irradiante no mais profundo do meu entendimento. Levando-me a refletir as mais frequentes agonias.

Deixo-me ser conduzido, levado a lugares obscuros e longínquos da minha alma, mostrando-me as difíceis realidades, e sofrimentos. Seguimentos por um mundo, sem mesmo deixar escapar, a menor das células do corpo sem a sua irradiação.

Deixando cair por terre todas as desilusões e trevas que circundam o mundo da vida, como o ferrugem que o corroem no ferro velho abandonado, sem nada e nem ninguém para acalentar-se o coração.
Abel de Andrade

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Anatureza



Quando olho para mim não o reconheço, não sei o que sou, e se indago-me, o que sou? Pior fica a desolação.

Quando olho a natureza, vejo o quanto é bela, quanta beleza posso encontrar em cada ser existente nela, cada ser transcendente, onde transmitem a sua essência, suas cores, formas e cheiros.

Nada igual, cada ser com sua particularidade, com suas substâncias.Nada exclui, tudo agrupa, tudo soma, tudo é compartilhado.

Dentre tantas perfeições, entre belas e feias, grandes e pequenas, no topo da montanha, encontra-se, o ser da perfeição, que acredita, está no direito, de modificar, a harmonia que te parece indiferente.

Eis que falo do homem, um ser estranho, que se encontra no dever de destruir e reconstruir, a plena beleza da vida, que transmite a natureza. 

Podemos ver com todos os vocábulos, a sabedoria divina criou com tanta harmonia, sem deixar nada escapar, tudo com a maior das perfeições que já pode existir.
Abel de Andrade