segunda-feira, 24 de agosto de 2015

"Eu, Flor de Ipê"

Em baixo do pé de ipê,
como flores caídas,
meu intimo chora,
em pranto meu coração desfalece,
como flores pisoteadas,
amaçadas nas calçadas,
sinto a triste a amarga solidão;

na triste manhã de verão,
no gear de uma manhã de inverno
sem mesmo entender: o porque choras meu coração?
que em chamas se fecha em contrações;

vivencia tao eterna, triste relva,
repletas de ervas, que buscam fechar-se,
para não serem corrompidas
até mesmo comidas,
em baixo da esplendida arvore,
de flores tao belas, tanto em cima como em baixo das janelas;

suas suaves flores, se fazem presente,
animando com deslumbre,
aguçando meus extintos,
deixando esvair teu aroma tão belo e sereno,
deixando cada vez mais, o coração ardente
com as belíssimas plantas de cores tão raras,
que não se podem imaginar;

anuncio de que a geada há de findar,
apenas no próximo ano suscitara,
beleza tão esplendida,
que com olhos humanos,
nunca poderíamos contemplar,
no lúdico da visão, posso perceber,
beleza profunda que nos leva a deslumbrar,
suscitando beleza tão eterna no aprofundar do coração.

Abel Andrade
*Obs: Titulo sugerido por Jacksom Barbosa...



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Tempos de criança...

saudades daquele tempo de criança,
onde corríamos e gritávamos,
tempos aqueles, em que saltávamos como cabritos, ao entardecer, 
subindo e descendo o cerrote, sem mesmo perder a compostura de uma criança.

poderia ser como criança, deixando de lado as dores de um ser adulto, 
vivendo as alegrias que um dia perdeu, 
que saudades que tenho daquele tempo 
que embaixo do pé de umbuzeiro, depositei a esperança de uma eterna criança,  
que seu mundo ali plantou.

mas parece que tudo que vivi, 
ali ficou em baixo daquela árvore, 
onde volto à subir e grito e nada se tem ali, 
saudades daquele tempo onde aquela criança 
que um dia me ensinou a sorrir, 
hoje apenas lembranças de uma criança que viveu dias de esperanças.

Abel Andrade