Em baixo do pé de ipê,
como flores caídas,
meu intimo chora,
em pranto meu coração desfalece,
como flores pisoteadas,
amaçadas nas calçadas,
sinto a triste a amarga solidão;
na triste manhã de verão,
no gear de uma manhã de inverno
sem mesmo entender: o porque choras meu coração?
que em chamas se fecha em contrações;
vivencia tao eterna, triste relva,
repletas de ervas, que buscam fechar-se,
para não serem corrompidas
até mesmo comidas,
em baixo da esplendida arvore,
de flores tao belas, tanto em cima como em baixo das janelas;
suas suaves flores, se fazem presente,
animando com deslumbre,
aguçando meus extintos,
deixando esvair teu aroma tão belo e sereno,
deixando cada vez mais, o coração ardente
com as belíssimas plantas de cores tão raras,
que não se podem imaginar;
anuncio de que a geada há de findar,
apenas no próximo ano suscitara,
beleza tão esplendida,
que com olhos humanos,
nunca poderíamos contemplar,
no lúdico da visão, posso perceber,
beleza profunda que nos leva a deslumbrar,
suscitando beleza tão eterna no aprofundar do coração.
Abel Andrade
*Obs: Titulo sugerido por Jacksom Barbosa...
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