segunda-feira, 24 de agosto de 2015

"Eu, Flor de Ipê"

Em baixo do pé de ipê,
como flores caídas,
meu intimo chora,
em pranto meu coração desfalece,
como flores pisoteadas,
amaçadas nas calçadas,
sinto a triste a amarga solidão;

na triste manhã de verão,
no gear de uma manhã de inverno
sem mesmo entender: o porque choras meu coração?
que em chamas se fecha em contrações;

vivencia tao eterna, triste relva,
repletas de ervas, que buscam fechar-se,
para não serem corrompidas
até mesmo comidas,
em baixo da esplendida arvore,
de flores tao belas, tanto em cima como em baixo das janelas;

suas suaves flores, se fazem presente,
animando com deslumbre,
aguçando meus extintos,
deixando esvair teu aroma tão belo e sereno,
deixando cada vez mais, o coração ardente
com as belíssimas plantas de cores tão raras,
que não se podem imaginar;

anuncio de que a geada há de findar,
apenas no próximo ano suscitara,
beleza tão esplendida,
que com olhos humanos,
nunca poderíamos contemplar,
no lúdico da visão, posso perceber,
beleza profunda que nos leva a deslumbrar,
suscitando beleza tão eterna no aprofundar do coração.

Abel Andrade
*Obs: Titulo sugerido por Jacksom Barbosa...



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