Ao bailá do vento, o
bailarino dança,
as folhas balançam, a
pindoba gira,
deixando percorrer longas
distâncias o bailado;
o imbuzeiro verga, deixando
cair suas últimas folhas,
que dão inicio, ao inverno,
lá no fim do sertão;
onde as aroeiras, dançam,
a umburana deixa esvair o seu
perfume
nas belas manhãs de
primavera,
deixando cair suas pétalas
amarelas;
o mandacaru abre as
primeiras flores,
anunciando , as chuvas de
verão que vem chegando,
o gado aglomerados vão
ficando,
a espera da trovoada,
olhando pela janela,
cada raio que brilha
formando crateras no céu;
Com um grito, o pastor junta
o rebanho,
no som da canção que escorre
pelo telhado,
lá vai a muié, com sua
coité, pegar água na laje para fazer o café;
Saudades tenho de lá, de
onde falamos assim,
vivemos a fio o amor bravio,
sem medo de ser julgado,
porque comemos de cuié e
tomamos água de coité.
Abel de Andrade
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