Vai e vem, no bailar da vida,
um tecido que ao ver seu desejo sendo
consumido,
pelo bravio rancor da
sol, que vive no silencio a falta de amor;
algo que vai e vem, não
sei, se é tecido, ou trilho
não sei,
qual o sentido desse
trem que vive a bailar,
correndo de lá e de cá, a disposição de alguém
para admirá-lo;
sem saber, sua
identidade confusa, na mente não vem,
a ideia
de ser um trilho de mesa, não sei, sou
apenas um tecido listrado,
com sua função limitada
e reta serventia, camuflada;
pelo desejo da sol que me ver como enfeite no
sofá,
a casa paroquial é meu lugar, onde vivo está, o meu
desejo de brilhar,
como centro de
mesa poder ficar;
mas meu arredio distante está, longe de uma imaginação,
que o
servir é meu patrão, está a disposição é minha sina,
viver parado lá, onde devo morar.
Abel de Andrade
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