quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Sol


Vai e vem, no bailar da vida,
um tecido que ao ver seu desejo sendo consumido,

pelo bravio rancor da sol, que vive no silencio a falta de amor;
 
 
algo que vai e vem, não sei, se é tecido, ou trilho não sei,
qual o sentido desse trem que vive a bailar,
correndo de lá e de cá, a disposição de alguém para admirá-lo;
 
sem saber, sua identidade confusa, na mente não vem,
a ideia de ser um trilho de mesa, não sei, sou apenas um tecido listrado,
com sua função limitada e reta serventia, camuflada;
 
 
 pelo desejo da sol que me ver como enfeite no sofá, 
a casa paroquial é meu lugar, onde vivo está, o meu desejo de brilhar, 
 como centro de mesa poder ficar;
 
mas  meu arredio distante está, longe de uma imaginação,
 que o servir é meu patrão, está a disposição é minha sina, 
 viver parado lá, onde devo morar.
Abel de Andrade

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